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Grandes e Pequenos em Interação
O Projeto Grandes e Pequenos em Interação é promovido pelo Instituto das Comunidades Educativas e pela Câmara Municipal de Setúbal com a colaboração do Grupo EnvelheSeres, em geral, inscrevendo-se no âmbito da área de intervenção da Sensibilização.
Numa fase em que o afastamento das várias gerações é cada vez maior devido a alterações da dinâmica familiar, a Câmara Municipal de Setúbal reconhece a importância que as atividades intergeracionais têm na transmissão de valores e divulgação de conhecimento.
Se por um lado, as crianças e os jovens beneficiam de um aumento do interesse pela aprendizagem, de uma melhoria do relacionamento com uma geração mais velha e de uma desmistificação das representações sociais negativas, relacionadas com o envelhecimento, que têm vindo a emergir na nossa sociedade. Por outro lado, para os idosos, estas atividades fomentam a sua inclusão social, favorecem a sua autoestima e promovem um envelhecimento ativo.
A representação social interfere na maneira como as gerações mais novas lidam com a velhice embora as relações intergeracionais sejam marcadas pela experiência que cada um tem. Existem mitos (construções sem bases reais com uma representação simbólica) e estereótipos (chavões, ideias feitas, baseadas em perceções automáticas) em relação a “ser idoso” que importa conhecer e estar preparado para abordar quando se trabalha com intergeracionalidade. Estes minam as relações intergeracionais e, embora as crianças não pareçam ser muito permeáveis às conotações negativas da velhice, a insistência da sua veiculação e a privação do contacto com este grupo acaba por influenciar o olhar sobre as gerações mais velhas e gerar comportamentos gerontofóbicos no futuro.
Desta forma, acreditamos que uma das formas de combater os estigmas que ainda existem na nossa sociedade em relação aos mais velhos passa pela aproximação das gerações. Neste contexto, a intergeracionalidade assume-se como uma abordagem válida na mudança das conceções negativas acerca dos idosos.
Se é verdade que as gerações mais velhas têm uma função de transmissão de conhecimentos e saberes às novas gerações, e que essa transmissão é imprescindível para a preservação da cultura coletiva, também é verdade que as gerações mais novas podem ser transmissoras de conhecimentos e promotoras de bem-estar, participação social e auto valorização dos idosos.
Para tal, propôs promover um conjunto de atividades de carater mensal com diferentes temáticas com a durabilidade de uma hora, de outubro a maio, a alunos do 1º ciclo e do pré-escolar em Escolas situadas em diferentes zonas geográficas, do Concelho de Setúbal.
Todas as atividades têm como mote a Sabedoria Popular e debruçar-se-ão em matérias como as histórias de vida, as festas e tradições do outrora, os jogos e brinquedos do antigamente, as canções, …
Ambas as gerações possuem saberes e a sua troca possibilita vivenciar vários modos de pensar, agir e de sentir, assim como de mudar opiniões e visões acerca do mundo e das pessoas, mas respeitando as suas diferenças e criando uma história comum, a partir das sabedorias de cada um.
Objetivos Gerais
– Desconstruir as imagens negativas e os estereótipos habitualmente associados às pessoas idosas
– Reduzir os comportamentos discriminatórios baseados na idade
Objetivos Específicos
– Informar sobre o envelhecimento
– Aproximar gerações
– Melhorar a comunicação intergeracional
Assim, propõe-se juntar crianças com pessoas idosas, para que aprendam umas com as outras, convivam e se divirtam ao partilhar experiências.
Através do contacto frequente e renovado com crianças, as pessoas idosas afirmam que se sentem mais úteis, contribuindo também para a sociedade. Este sentimento traz energia e promove a sua saúde e bem-estar. Ambas as gerações beneficiam da diversão em atividades partilhadas e, através desta interação, aprendem sobre os mundos e modos de vida umas das outras desafiando estereótipos culturais ligados à idade ou género.
Um dos aspetos a ter em consideração na implementação de atividades intergeracionais, é apostar no seu desenvolvimento de forma continuada e não como sendo atividades de circunstância pontual. Esta continuidade deve-se ao facto de desta forma ser mais fácil promover relações afetivas entre idosos e crianças.
1.ª Sessão da Ação _ outubro
- Conceito de envelhecimento
- Preparar a desconstrução dos estereótipos associados à velhice
Será feita a apresentação do Grupo EnvelheSeres assim como a apresentação do projeto “Grandes e Pequenos em Interação”.
Seguidamente será realizado um exercício de quebra-gelo em que se sugere que cada participante se apresente e que indique: “O que é ser Criança?”, “O que é ser Velho?”, sem que haja uma discussão sobre o que é dito. Num painel serão colocadas todas as palavras-chave referidas.
Brainstorming sobre a temática do envelhecimento em que todos os participantes apontam 3 palavras que associam à velhice, sem que haja um debate sobre o que é dito e sem que se faça qualquer avaliação sobre o que foi expressado.
Agrupamento por nuvens temáticas, contribuindo para os conceitos que serão aprofundados ao longo das sessões seguintes.
2.ª Sessão da Ação _ novembro
- Partilha de memórias
- Estimulação da memória
- Estimular o interesse das gerações mais novas pelo passado
- Desenvolver o conceito de envelhecimento
Reconhecendo a importância de dar voz e escutar a memória coletiva e a história de vida de pessoas idosas, uma vez que estas podem contribuir para sua própria identidade, como também para a propagação de saberes para outras gerações, a 1º sessão terá como mote “Histórias de Vida”.
Exemplos de atividades: cada idoso leva um objeto que considere que o identifique (instrumento musical, livro…) e partir do mesmo partilhará alguns momentos da sua vida; é projetado uma seleção de fotos de momentos da vida do idoso que servirão de partida para a sua história de vida.
3.ª Sessão da Ação_ dezembro
- Partilha de memórias
- Estimulação da memória
- Estimular o interesse das gerações mais novas pelo passado
Esta sessão será debruçada sobre o tema “Festas e Tradições”, onde os idosos transmitem tradições em determinadas festas e a cultura familiar, por exemplo as festas de Natal ou passagem de ano com ementas especiais da família, aniversários e também a passagem de objetos particulares como alianças, moveis, fotografias ou joias.
4.ª Sessão da Ação_ janeiro
Muitas profissões desapareceram ao longo dos anos, à medida que a sociedade mudou e a tecnologia progrediu, sendo esta sessão dedicada às “Profissões do Passado” – ardinas, varinas, pastores, sapateiros, …
5.ª Sessão da Ação_ fevereiro
O tema desta sessão será “Brinquedos e Brincadeiras do Antigamente”, onde se promoverá uma conversa acerca das memórias das brincadeiras de infância e de alguns hábitos e costumes, numa época em que ainda não havia plástico ou computadores, em que muitas das brincadeiras estavam ligadas às estações, ao estado do chão, em harmonia com a natureza;
6.ª Sessão da Ação _ março
- Promover o bem-estar
- Aproximar crianças e idosos através da música, detetando pontos de interesse comuns;
- Promover a convivência intergeracional e a integração entre crianças e idosos;
- Desenvolver relações intergeracionais
Utilizando a musica como elemento facilitador da construção de afetos, identidade comunitária e inclusão social, esta sessão será dedicada às “Canções”, no sentido de ouvir e partilhar canções de infância.
7.ª Sessão da Ação _ abril
O conceito de escola transformou-se ao longo dos anos, de uma escola onde o professor era uma autoridade, estava acima de tudo e todos, onde as punições eram frequentes tanto físicas como psicológicas, e tudo isso com permissão dos pais ou não era valorizado a educação formal, indo as crianças, muitas vezes aprender um oficio para a realidade atual.
Tendo noção dessas profundas alterações, esta sessão será dedicada ao tema “A Escola de Ontem”.
8.ª Sessão da Ação _ maio
Na ultima atividade, as crianças terão possibilidade de experimentar um simulador que permitirá sentir as dificuldades físicas sentidas no envelhecimento.
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Mediação e Promoção do Livro e da Leitura
Projecto Educativo de Intervenção Comunitária
Este projeto assenta no pressuposto essencial de que “todas as crianças têm o direito a ser leitoras, ou seja, o acesso aos livros e a oportunidade de se tornar leitor, no sentido pleno do termo, é um direito fundamental da criança, em qualquer lugar e em qualquer etapa do seu desenvolvimento” (http://www.ibby.org/fileadmin/user_upload/Fundraising_brochure_2010.pdf).
Somos professores, educadores, mediadores por excelência e nunca apolíticos, pois não há neutralidade em educação, toda a educação é política, como constatou Paulo Freire. Este é um projeto de intervenção comunitária, pensado, criado, implementado e desenvolvido por nós no Instituto das Comunidades Educativas (ICE).
A leitura é, nas palavras de Castrillón (2013), “um direito de todos que, além disso, permite um exercício pleno da democracia”.
O Cesto não transporta apenas livros que são lidos em voz alta e partilhados com um crescente número de turmas, também leva com ele emoções, sentimentos, memórias individuais e colectivas e usos diversos.
Cada livro tem uma história, tem um segredo guardado pelo uso que tantos e tão diversos leitores lhe dão e que só o mediador conhece, por exemplo, há livros que já foram banco, bolo de aniversário, bengala, gelado, mordedor, almofada, comboio e até trilho de caminhada!
Todas as semanas levamos livros e leituras em voz alta desde os bebés aos jovens num projeto que se desdobra em três acções, consoante o perfil leitor (www.casadaleitura.org) de cada criança, de cada grupo:
- O Cesto dos Livros – Pré-Leitores
- A Barrigada de Histórias – Pré-Leitores e Leitores Iniciais
- À Roda dos Livros e da Leitura – Leitores Medianos e Leitores Autónomos
Andréa Duarte
ICE_Braga
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Todos Juntos Podemos Ler – Eu, tu e o mundo
Projecto Educativo - No âmbito do LER + com o TEIP Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches
O trabalho com Literatura Infantil, permite-nos explorar várias competências. Sendo assim, no âmbito deste projeto, Ler+ Eu, Tu e o Mundo, pode explorar-se a heterogeneidade na e da escola, com o objetivo de formar cidadãos críticos e autónomos que participam do processo social, conscientes de seus direitos e deveres na sociedade com base no respeito mútuo.
Para mais informação ver:Veja ainda outras atividades relacionadas na NEWSLETTER DAS BIBLIOTECAS -
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CENTURIUM
Programa Educativo
O Programa Educativo CENTURIUM® conta apoio e suporte do ICE para a dinamização de comunidades de aprendizagem a partir de práticas não-formais e inclusivas. Junto de todos os alunos na escolaridade obrigatória, estes são preparados para assumir o programa nos seus contextos, através da tomada de decisão colegial, utilizando a metodologia de assembleia. O CENTURIUM® tem por base quatro jogos de tabuleiros ancestrais – Moinho, Tábula, Soldado e Seega. O CENTURIUM® tem momentos de encontros através de torneios realizados nas turmas, escolas, concelhos, famílias e a nível nacional, final em Braga. É promotor de boas práticas para a promoção do sucesso escolar, flexibilização curricular e inclusão. Tem nos seus torneios os escalões: 1º, 2º, 3º ciclos, secundário, Necessidades Educativas Especiais, professores e famílias. Conta também com o concurso para a construção do tabuleiro mais original segundo as premissas dos 5 Rs. Esete programa educativo já conta com uma ampla rede de concelhos e, ainda, maior de escolas e comunidades educativas. O CENTURIUM® realiza momentos de formação para alunos, famílias e para professores, sendo que neste último caso ´são ações de formação acreditadas, que levam o CENTURIUM® para contextos curriculares. Através do CENTURIUM® o ICE promove sinergias entre escola, município e instituições culturais, onde se encontram, para através do património, cultura e intervenção social, gerar uma retaguarda segura para a criança intervir nos seus meios.
Para mais informação ver: -
IDA AO PARLAMENTO
Lisboa - 2018
Dia 19 de dezembro de 2018 deslocou-se à Assembleia da Republica um grupo de Maiores
Dia 19 de dezembro de 2018 deslocou-se à Assembleia da Republica um grupo de Maiores (com os quais o ICE tem vindo a realizar diversas tertúlias e com quem já organizámos dois Congressos da Anciania). Estas dinâmicas continuam em processo, sempre com o objetivo da participação dos mais velhos e de dar visibilidade às suas problemáticas.
Consulta de temas apresentados:
Voluntariado
Centro Comunitário
Desresponsabilização Familiar
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GPI – Grandes e Pequenos em Interação
Em parceria e coordenação com a Câmara Municipal de Setúbal
e instituições de idosos
Idosos vão às salas de aula (Pré e 1º Ciclo)
ESCOLAS – INSTITUIÇÕES (2019/2020) que integram o projeto GPI
Agrupamento Sebastião da Gama: EB1 Azeda e Centro Comunitário de S. Sebastião; Agrupamento Luísa Todi: jardim de infância e 1º ciclo e Junta de Freguesia de S. Sebastião, APPACDM e Associação Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra; Agrupamento Barbosa Du Bocage: EB1 Sta. Maria, EB1 Arcos, EB1 Montalvão e Centro Comunitário União de Freguesias de Setúbal, Socorros Mútuos e Centro Comunitário de Vanicelos; Agrupamento Ordem de Santiago: JI Faralhão e Associação Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra; Associação LATI (ações internas); Associação Baptista Shalom “Voar mais Alto”– jardim de infância e Centro Comunitário de S. Sebastião. Total de grupos/turmas: 20
Alguns trabalhos realizados pelas crianças com idosos
Setúbal - 2018
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUISA TODI
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SEBASTIÃO DA GAMA
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TERRA de DIREITOS
Promovido pela FEC e financiado pelo Instituto Camões, tem como parceiros:
- Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos
- Câmara Municipal de Coruche
- Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
- Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) – Instituto de Educação da Universidade do Minho
- Instituto das Comunidades Educativas
“Ao longo de 24 meses, o projeto “Terra dos Direitos” vai trabalhar paralelamente em dois níveis de ação: num nível micro, de educação, consciencialização e mobilização de crianças, jovens e comunidades educativas para a ação em prol da defesa e proteção universal do Direito da Criança, com base em quatro concelhos e, a partir deste, num nível macro, lançado por peças de comunicação (artigos, posts nas redes sociais, vídeos, etc.) que desafiem a opinião pública portuguesa, de forma a provocar reflexão crítica sobre o tema, capaz de conduzir a processos de transformação social, em Portugal e na Guiné-Bissau, promotor de igualdade de todas as crianças no acesso aos seus direitos. Em parceria com a comunidade escolar e com investigadores universitários o projeto visa três resultados: i) a dinamização de atividades com alunos sobre Direitos das Crianças, planificadas em escolas de diferentes concelhos portugueses; ii) a consciencialização e mobilização de crianças em vários pontos do país, através de atividades de educação para os Direitos da Criança; iii) a disseminação de referências teórico-práticas de dinamização de ações de Educação para a Cidadania Global.”
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Cenas e Ciências
Projeto “CENAS e CIÊNCIA” – Um projecto que articula Ciência e Literatura para a Infância e tem como parceiros a Universidade do Minho, a TecMinho, a Câmara Municipal de Terras de Bouro, a Planeta Tangerina e o ICE.
“A missão do Cenas&Ciências centra-se na dinamização de atividades experimentais que promovem o desenvolvimento de competências indispensáveis na formação dos cidadãos do século XXI.
As ações preconizadas envolvem metodologias ativas, onde o espírito crítico e a criatividade são estimulados na resolução de problemas no contexto de atividades artísticas, dramáticas e experimentais Hands-on para crianças a partir do ensino pré-escolar.”
Visite a página do facebook do projeto
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